Hoje o quinto capítulo da série sobre as parcerias históricas da TV Brasília em 60 anos fala da parceria da emissora com a Rede Manchete de Televisão.
Esta é a terceira maior parceria da história da emissora ficando atrás da Rede TV! e da Tupi. Ficou de 1º de julho de 1985 até maio de 1999. A Manchete trocava de parceria em Brasília pois não andava nada satisfeita com a TV Nacional devido ao corte de alguns programas e a não exibição de outros e a mudança para a TV Brasília fez com que o canal atingisse as classes mais altas, pois o slogan da época da Manchete era Televisão de primeira classe. Já para o Canal 6 a mudança de perfil deixando de lado a programação popular e comum do SBT e passando a exibir a Manchete significava um aumento na qualidade tanto em som e imagem como em programação.
A programação da Manchete na época continha atrações diversas, filmes de sucesso, telejornalismo de ponta com destaque para o Jornal da Manchete, na época o mais completo do país e shows.
No dia da estreia a emissora lançava sua primeira novela, Antonio Maria, remake de uma novela que foi exibida pela extinta Tupi na década de 60. No mesmo dia estrearam o humorístico Tamanho Família e jornalismo vespertino com o primeiro tempo da Manchete Esportiva e a edição da tarde do Jornal da Manchete. Durante o ano a emissora lançou outros programas como Vídeo em Manchete, Som Maior, Miéle e Cia e Um toque de classe.
No ano de 1986 a emissora lança quatro novelas, com destaque para Dona Beija com Maitê Proença, novela que garantiu o primeiro sucesso na dramaturgia, no esporte transmite a Copa do Mundo direto do México com o projeto Copa Total em 17 horas diárias de transmissão, o documentário Japão : Uma Viagem no Tempo e os infantis Lupu Limpim Claplá Topô e A Nave da Fantasia, inicialmente comandado por Simony, depois Angélica.
No ano de 1987 destaque para as novelas Corpo Santo, Carmem e Helena e o programa feminino Mulher 87. Em 1988 o Clube da Criança com Angélica é o grande destaque na programação infantil com a estreia dos heróis japoneses que conquistam a garotada. A mesma Angélica ocupa nas tardes de sábado o espaço deixado por Chacrinha no Milk Shake. Para os amantes do cinema estreia o Cinemania com Wilson Cunha, é exibida a novela Olho no Olho e no esporte transmite as Olimpíadas de Seul com 400 horas no ar.
No ano de 1989 Agildo Ribeiro e o Cabaré do Barata ocupam as noites de quarta com muito humor, mas o grande destaque é para a estreia da novela Kananga do Japão. Outro destaque do ano é para o casal Eliakim Araújo e Leila Cordeiro no Jornal da Manchete.
1990, para muitos é o ano do apogeu da emissora pois foi o ano de Pantanal, a novela que fez história derrubando a Globo, mas o ano não foi só de Pantanal, a Manchete obtém como sucessos o Documento Especial, os filmes do Cinema Nacional e séries como Rosa dos Rumos, O Canto das Sereias e Mãe de Santo além de transmitir a Copa do Mundo na Itália mesmo prejudicada pelo Plano Collor.
O auge seguiu em 1991 quando a Manchete se destaca com A História de Ana Raio e Zé Trovão, novela que mostrou o Brasil que o Brasil não conhece, séries como O Farol, Filhos do Sol e Na Rede de Intrigas. Estreia Noite Dia, o jornal de fim de noite na apresentação de Renato Machado. Mas no fim do ano veio a ducha de água fria com a estreia de Amazônia, a novela que afundou na audiência.
Logo após o auge a Manchete entrou em uma crise financeira durante o ano de 1992 e foi nesse ano que a emissora foi vendida pro Grupo IBF do empresário Hamilton Lucas de Oliveira. A programação passa a ser feita em São Paulo e no fim do ano foram muitas baixas: Angélica e Eliakim /Leila, o casal 20 do telejornalismo deixam a emissora e são contratados pelo SBT. Em 1993 a emissora transmite o carnaval da Bahia e adquire os direitos de transmissão da Fórmula Indy. Em abril do mesmo ano a emissora volta a ter controle dos Bloch e ensaia uma recuperação, só que há uma frustração com o cancelamento da novela O Marajá.
Em 1994 a Manchete deixa de transmitir a Copa do Mundo nos Estados Unidos, justamente a do tetra e começa a perder afiliadas, mas traz um sucesso que vira febre entre a garotada: o anime Os Cavaleiros do Zodíaco. No ano de 1995 a emissora dá sinais de recuperação com novos investimentos em dramaturgia com a estreia de Tocaia Grande, da obra do escritor Jorge Amado. Mas a situação se agravaria com a morte do fundador Adolpho Bloch no final do ano. Em 1996 a emissora passa a ter uma programação popular, diferente da proposta inicial com a chegada de Raul Gil para comandar seu programa nas tardes de sábado, estreiam os jornalísticos 24 Horas e Manchete Verdade e o policial Na Rota do Crime obtém grandes audiências. Em setembro estreia a novela Xica da Silva com Taís Araújo no papel principal. Em 1997 teve novos picos de grande audiência na transmissão do primeiro título do tenista Gustavo Kuerten em Roland Garros, lança em agosto a novela Mandacaru e em outubro tenta entrar na disputa pela audiência dominical com o Domingo Milionário trazendo de volta o apresentador J. Silvestre.
1998 chega e a emissora tenta desesperadamente se reerguer lançando novos programas como o Magdalena Manchete Verdade e Domingo Total e transmite direto da França sua última Copa do Mundo. A crise financeira sufoca a emissora e em agosto lança a novela Brida, da obra do escritor Paulo Coelho, só que a trama dura menos de três meses saindo do ar por baixa audiência e agravou definitivamente a crise na emissora que chegou ao fim em 1999.
A TV Brasília durante todo esse período co produziu algumas atrações que foram ao ar em rede nacional pela Manchete como o jornalístico Telemanhã que teve duas fases: a primeira fase (local) foi ao ar no fim dos anos 80 e a segunda fase (nacional) na segunda metade dos anos 90 e sem esquecer do público local o canal teve muitas reformulações em seus produtos. O Brasília Urgente depois do auge na fase popular do SBT foi reduzido para 1 hora no começo da era Manchete e saiu do ar em 86, dando lugar ao Programa da Cidade e posteriormente Repórter da Cidade que virou Brasília Alerta em 1997, o telejornal da noite foi Jornal das Oito, depois Brasília em Manchete, Telemanchete e Repórter da Cidade 2ª edição virando Brasília Notícias em 1997. Outros programas locais de destaque no período: Brinca Carranquinha, programa de auditório exibido no final da década de 80, o infantil Jogo Rápido no começo dos anos 90, o Clip 105, programa de videoclipes e o programa Cor da Cidade que teve duas versões: em 1991 e em 1997 quando virou programa de auditório, aliás em breve falaremos da programação de 1997 da emissora, só estamos esperando a digitalização completa dos arquivos dos anos 90.
Um adendo. Em 1995 a emissora chegou a ser vendida para o então ministro da Agricultura José Eduardo de Andrade Vieira, que era o dono do Bamerindus e detentor de 49% das ações da CNT e por muito pouco a TV Brasília não virou afiliada da emissora paranaense na época e manteve a parceria com a Manchete que durou até a falência em 1999.
No mês que vem o último capítulo falará sobre a parceria com a Rede TV!.
Logo após o auge a Manchete entrou em uma crise financeira durante o ano de 1992 e foi nesse ano que a emissora foi vendida pro Grupo IBF do empresário Hamilton Lucas de Oliveira. A programação passa a ser feita em São Paulo e no fim do ano foram muitas baixas: Angélica e Eliakim /Leila, o casal 20 do telejornalismo deixam a emissora e são contratados pelo SBT. Em 1993 a emissora transmite o carnaval da Bahia e adquire os direitos de transmissão da Fórmula Indy. Em abril do mesmo ano a emissora volta a ter controle dos Bloch e ensaia uma recuperação, só que há uma frustração com o cancelamento da novela O Marajá.
Em 1994 a Manchete deixa de transmitir a Copa do Mundo nos Estados Unidos, justamente a do tetra e começa a perder afiliadas, mas traz um sucesso que vira febre entre a garotada: o anime Os Cavaleiros do Zodíaco. No ano de 1995 a emissora dá sinais de recuperação com novos investimentos em dramaturgia com a estreia de Tocaia Grande, da obra do escritor Jorge Amado. Mas a situação se agravaria com a morte do fundador Adolpho Bloch no final do ano. Em 1996 a emissora passa a ter uma programação popular, diferente da proposta inicial com a chegada de Raul Gil para comandar seu programa nas tardes de sábado, estreiam os jornalísticos 24 Horas e Manchete Verdade e o policial Na Rota do Crime obtém grandes audiências. Em setembro estreia a novela Xica da Silva com Taís Araújo no papel principal. Em 1997 teve novos picos de grande audiência na transmissão do primeiro título do tenista Gustavo Kuerten em Roland Garros, lança em agosto a novela Mandacaru e em outubro tenta entrar na disputa pela audiência dominical com o Domingo Milionário trazendo de volta o apresentador J. Silvestre.
1998 chega e a emissora tenta desesperadamente se reerguer lançando novos programas como o Magdalena Manchete Verdade e Domingo Total e transmite direto da França sua última Copa do Mundo. A crise financeira sufoca a emissora e em agosto lança a novela Brida, da obra do escritor Paulo Coelho, só que a trama dura menos de três meses saindo do ar por baixa audiência e agravou definitivamente a crise na emissora que chegou ao fim em 1999.
A TV Brasília durante todo esse período co produziu algumas atrações que foram ao ar em rede nacional pela Manchete como o jornalístico Telemanhã que teve duas fases: a primeira fase (local) foi ao ar no fim dos anos 80 e a segunda fase (nacional) na segunda metade dos anos 90 e sem esquecer do público local o canal teve muitas reformulações em seus produtos. O Brasília Urgente depois do auge na fase popular do SBT foi reduzido para 1 hora no começo da era Manchete e saiu do ar em 86, dando lugar ao Programa da Cidade e posteriormente Repórter da Cidade que virou Brasília Alerta em 1997, o telejornal da noite foi Jornal das Oito, depois Brasília em Manchete, Telemanchete e Repórter da Cidade 2ª edição virando Brasília Notícias em 1997. Outros programas locais de destaque no período: Brinca Carranquinha, programa de auditório exibido no final da década de 80, o infantil Jogo Rápido no começo dos anos 90, o Clip 105, programa de videoclipes e o programa Cor da Cidade que teve duas versões: em 1991 e em 1997 quando virou programa de auditório, aliás em breve falaremos da programação de 1997 da emissora, só estamos esperando a digitalização completa dos arquivos dos anos 90.
Um adendo. Em 1995 a emissora chegou a ser vendida para o então ministro da Agricultura José Eduardo de Andrade Vieira, que era o dono do Bamerindus e detentor de 49% das ações da CNT e por muito pouco a TV Brasília não virou afiliada da emissora paranaense na época e manteve a parceria com a Manchete que durou até a falência em 1999.
No mês que vem o último capítulo falará sobre a parceria com a Rede TV!.
